Mecanismo
“As amatoxinas são rapidamente absorvidas e foram num caso de intoxicação humana detectadas na urina num período de 90-120 min. pós-ingestão (Homann, et al., 1986).” [1]
As amatoxinas interagem com o RNA polimerase II (em células eucariotas), levando a uma progressiva diminuição de produção de proteínas durante as primeiras 24h. Como consequência ocorrerá morte celular. Um estudo mais detalhado permitiu descobrir que as amatoxinas inibem o passo de elongação. [1,2]
Estas toxinas podem também exercer uma ação tóxica através da indução da apoptose, devido a um sinergísmo entre a α-amanitina e citocinas endógenas (factor de necrose celular). [1,2]
Tabela 1: Nem todos os tipos de RNA’s polimerase eucariota interagem da mesma forma com as amatoxinas. [1,2]
Os principais órgãos-alvo deste dano celular são (por ordem cronológica): mucosa intestinal→ fígado (hepatócitos)→ rins (túbulos proximais). No entanto a lesão mais grave é a necrose hepática. [1,2]
Não existem metabolitos conhecidos destas toxinas e a principal via de eliminação é a via renal. O processo de eliminação pode ocorrer durante 2-3 dias. [1,2]
Bibliografia:
[1]- Leite, Marta (2011) “Desenvolvimento e optimização de uma metedologia analitica para a determinação de α- e β-Amanitina em urina humana por LC-MS/MS.”, Universidade de Coimbra, Pág. 5-17;
[2]- Stiber, Christine; Persson, Hans (2003) “Cytotoxic fungi—an overview”, toxicon, Pág. 340-342.
