Tratamento[1] [2]
Não se encontra nenhum antídoto específico para a amatoxina disponível. As estratégias de tratamento são caracterizadas como cuidados médico preliminar e medidas de suporte. O tratamento aparenta ser principalmente intensivos cuidados suportes. As terapias de suporte consiste em processos de desintoxicação (remoção da toxina do sistema digestivo - carvão activado - biliar e urinário e desintoxicação extracorporal) e administração de fármacos usados em regime monoterapia ou em combinação (antibióticos β-lactamicos, silimarina e drogas antioxidantes).
N-acetilcisteina (NAC) – Tem sido defendido com base teórica, que reduz as lesões induzidas pelos radicais e restaura a capacidade redox em células com lesões. Pode também apresentar benefícios na prevenção da lesão do fígado através da capacidade de remoção de radicais livre ou de oxigénio após a ingestão.
Penicilina - Pensa-se que inibe a absorção das amatoxinas pelos hepatócitos. Penicilina, em alta dose (300,000 – 1,000,000 unit/kg/dia), foi considerado protetora nos estudos retrospetivos em animais e humanos. A penicilina deve ser usada com muito cuidado devido ao risco de anafilaxia.
Silimarina - Propôs-se a ser hepatoprotetor por promover o crescimento hepatocitário e por inibir a oxidação e inflamação hepática. O seu emprego mostrou ser seguro, com um perfil de eventos adversos muito reduzido, sendo o efeito mais comum as reações alérgicas em pessoas com alergias as plantas do género aster.
Cimetidina - Cimetidina, em Alta dose de (200 mg/h, i.v.), conhecida por inibir de isoenzimas do citocromo P450 (CYP2E1, CYP3A4 e CYP2D6), foi considerado redutor da necrose hepatocelular e da lesão mitocondrial em animais envenenados com amatoxina. Esta dose de cimetidina, apesar de ser elevada, foi considerada segura.
Hemodiálises - Não apresenta nenhum benefício em casos de envenenamento. Plasmaferese talvez apresenta algum benefício no envenenamento.
Transplante do fígado - Necessário em casos de hapatotoxicidade severa, encefalopatia e comprometimento hemodinâmico.
Tabela 1. Tratamentos e eficácia. Adaptada de Ward et al. (2013) [1]
[1] Ward J, Kapadia K, Brush E, Salhanick SD. Amatoxin poisoning: case reports and review of current therapies. The Journal of emergency medicine. 2013;44(1):116-21.
[2] Trabulus S, Altiparmak MR. Clinical features and outcome of patients with amatoxin-containing mushroom poisoning. Clinical toxicology. 2011;49(4):303-10.
Tabela 1 adaptado de
